quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O pescador e o druida




Hoje não estou muito bom para florear minhas palavras. Quase todas mostrariam resignação e chatice. Porém foi preciso escrever, botar para fora certos sentimentos, conclusões, pensamentos. Foi preciso publicar também, afinal, é o tipo de coisa para o qual este texto foi criado. E também é assim a proposta dos blogues em geral. Sem mais me alongar nestas linhas trôpegas, eis:

O pescador e o druida

"Um pescador foi ao encontro de um druida que passava por aquela vila pedir para que os Deuses resolvessem seus problemas. O druida lhe disse que assim clamaria por ele. Certo tempo se passou e o pescador não teve seus problemas resolvidos. Ele buscou o druida no mesmo bosque:
- Pedi-lhe que intercedesse aos Deuses por meus problemas. Eles continuam. Por que nada fizeste?
- Eu orei por você.
- Apenas orou? Mas não fui atendido.
- Por que ao invés de perder tempo comigo não resolveu você mesmo seus problemas?"

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"Calmamente o druida cavou um buraco na terra e retirou uma semente dos bolsos. Atirou a semente no buraco e o tapou. Foi até o leito do rio e apanhou um pouco de água com as mãos. Jogou sobre onde tinha enterrado a semente, que era ao lado de uma macieira.
Então pausadamente perguntou ao pescador:
- Compreendeste o sentido disto?
- Não entendo como isto pode me ajudar.
- Todos temos um tempo para nossas ações. Findo este tempo, devemos esperar pelo início da próxima estação. Aquele que não planta nunca colherá.
O druida se foi. O pescador ficou contemplando a semente recém-plantada."

Um comentário:

  1. Ótima parábola essa ai. E o tempo está muito propício para este tipo de reflexão!

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