segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Translação



Este poema surgiu de maneira peculiar. De tanto assistir a documentários sobre astronomia e astrofísica acabei por absorver algum conhecimento sobre. Sempre tive curiosidade no assunto e aspirava a escrever sobre o tema. Só imaginava que seria em prosa. Como esse mundo - e os outros também - é repleto de surpresas, eis que me sai em versos. Fiquei feliz com o resultado. Espero que outras pessoas também gostem. Abraços interplanetários a todos.

Translação

Tu tens tal coisa de gravitacional
Que me prende à tua órbita
É um encanto, uma graça
Fascínio numa profusão de luz

É um efeito de maré
Me puxando para tua atenção,
Teu suave corpo celeste
Desfila nas abóbadas da minha atmosfera

As luas de teus olhos pastoreiam meu ser
Juntando-me aos teus anéis
Orbitando-te, admirando-te
Vivendo do teu charme

Tua radiação faz-me
Querer beijar tua boca
Sugar tua pele pastel
Respirar tuas curvas de mulher

sábado, 25 de setembro de 2010

De estrelas velhas e estrelas jovens




De estrelas jovens e estrelas velhas

Houve uma vez em que Morpheus foi convocado a batizar as estrelas e constelações. Mas as estrelas não eram essas que vemos no céu à noite. Eram outras estrelas. Estrelas de outrora. Jovens estrelas, cheias de fulgor, aspirações, que resplandeciam o brilho daquela época. Essas de agora são menores em suas infinitudes. Não eram nascidas ainda.
E Morpheus foi então àquela cerimônia presidida por Fatum. Havia belas estrelas e constelações magníficas. Todo um Universo novo por nascer. Feliz ele admirava tudo com o secreto orgulho que sua posição lhe incutia. Com ele havia levado um dos primeiros seres viventes: criação de deuses tão antigos que nem os deuses da humanidade supuseram conhecer.
Era uma mulher. E estava maravilhada com tudo aquilo. Era uma infantil alegria radiante. Vultos de luzes eram tudo o que se podia fixar em sua mente jovem: ela era a companheira de Lorde Morpheus.
Logo que chegaram, todos os olhos se voltaram curiosos e respeitosos para eles. Fagulhas distantes diante de tanta majestade. Muitas figuras, que ela desconhecia, saudaram Morpheus. Felicitaram-nos. Brindaram àquela cerimônia tão importante.
Morpheus foi a Io, a estrela verde. Ele os cumprimentou. Morpheus a apresentou como o primeiro ser vivente. “O primeiro de muitos que ainda virão.” Io beijou sua mão como era costume naquela época. Ajoelhou-se diante de Morpheus, como sua autoridade impunha.
Então Mistral surgiu. A impaciência nos seus olhos sugeria aflição. Morpheus foi com Mistral: deixou a mulher com Io.
Durante longo tempo Mistral e Morpheus discutiram acerca da tomada da cerimônia e do futuro do Universo. Sobre muitos eventos ela pedia presságios e conselhos a este ser. E ele foi muito gentil para com esta estrela, prometendo bons augúrios, clareza no discernimento de suas mensagens.
A cerimônia deveria ter início. Morpheus procurou a mulher. Viu as fagulhas de Io ao longe; foi até ele. Atravessando todo o salão, Morpheus percebeu uma certa diferença em sua companheira: em seus olhos resplandecia as chamas do fogo verde de Io. Não havia mais nada que pudesse fazer para tê-la de volta: eles estavam enamorados. Ele então olhou com desdém para o dois do alto de sua imponência. A mulher havia escolhido Io, porque para ela eram dois gigantes. Embora Morpheus não fosse eterno, sua vida era infinitamente superior a Io. Estrelas nascem, dão vida e morrem. Sonhos são esperanças. Mas para aquela alma feminina não havia diferença alguma em poder, apenas o amor - ou paixão - por Io.
A cerimônia teve início. Morpheus batizou centenas de estrelas, porque naquela época ainda não eram milhares. A cada uma delas e constelações concedeu dons, dádivas, que lhes seriam muito úteis e a seus protegidos.
Ao chegar a vez de Io, Morpheus deu a ele e a seu sistema a dádiva de seu ódio: concedeu a ele a ausência de sonhos. Todos aqueles nascidos alimentados pelos raios de Io não sonhariam. A eles lhes seria negado estes sentimentos. Nenhum entre os presentes entendeu àquela estranha dádiva, exceto seus personagens diretos.
E assim viveu Io. Sem sonhos. Levando a mulher consigo. O primeiro ser vivente no Universo. Ele a levou para seu sistema. Ela foi banhada pela beleza da luz de Io, seus raios de esplendor. Durante muito tempo eles foram felizes, de planeta em planeta, com a estrela invadindo seu corpo em êxtase sublime.
Embora os primeiros seres viventes tivessem uma longa existência se comparada aos seres de hoje, ela enfim feneceu. Seu corpo, sua alma: a companheira de Io, que fora primeiramente de Morpheus.
Io e seu sistema continuaram existindo. A tristeza era notável. A apatia de viver sem sonhos. Porque sem sonhos não há esperança. E sem esperança é impossível a vida. E foi assim que eles viveram, assim como todos os habitantes do sistema de Io.
Hoje Io não existe mais. Porém a resignação e orgulho ferido de Morpheus ainda podem ser sentidos neste sistema.

Adaptado de uma estória de Neil Gaiman,

Terça-feira, 03 de agosto de 2010.

Porém contada oralmente em 31 de julho de 2010, sábado.

domingo, 12 de setembro de 2010

Há ninguém? 2


Segue aqui a continuação do conto referente à postagem anterior. Ainda não está completo, mas assim que tiver mais tempo - realmente essas semanas estão conturbadas - posto o restante. Ele também não está finalizado. Vou postando à medida que for escrevendo.


Há ninguém? 2

Acordei somente no dia seguinte. Pensei em tomar um esporro do dono do salão. Mas que nada. Ninguém veio reclamar comigo. Então aproveitei para fazer um bigode naquelas modelos anoréxicas. Rolei na cadeira e dormi mais um pouco. Depois fiquei pelado e tomei um banho com aquele chuveirinho de enxaguar cabelo. Me ensaboei com xampu de kétastase. Cansei daquele camisão de banda e o vesti num santo de candomblé. Peguei um pedaço de queijo holandês como café da manhã.
Como não tinha um puto no bolso, entrei na loja de playboy, esvaziei o caixa e fui no boteco do outro lado da rua tentar ganhar uma grana no caça níquel. Perdi tudo que tinha. Fui para a loja de lingerie, esvaziei o caixa e voltei para o boteco para usar a máquina de caça níquel como porquinho. Fui a uma grande loja de roupas e peguei uma camisa vermelha e troquei meus tênis. Do outro lado da rua subi as escadas e fui a um daqueles lugares que compram e vendem ouro e prata. Comprei à prestação um cordão dourado com o Sol de Maio. No caminho encontrei uma loja de sapatos. Me encantei por um sapatinho de malandro. Ele era branco com uma listra preta larga do peito do pé até o bico. Como tinha guardado meu dinheiro no caça níquel, paguei com meus tênis novos.
Retornei ao shopping center, entrei numa loja de conveniências, peguei um monte de biscoitos, fui ao cinema e assisti aos filmes que estava passando. Cochilei em alguns, ri em outros, mas no total valeu a pena. Porém estava começando a ficar entediado de não ter ninguém. Pensei em ir até a praça de alimentação e me desculpar com a fofucha. Mas era caso perdido. Logo no primeiro encontro e faço isso. É melhor deixá-la trabalhar sossegada. O sozinho no mundo sou eu e não ela.
Este dia terminou e o outro também. Comecei a me repetir nas coisas que fazia. Então pensei em roubar um carro. Logo no meu primeiro furto a automóveis a chave estava na porta. Quem deixaria a chave na porta de um Voyage 2008? Nem eu num mundo sem ninguém. Liguei a charanga e o tanque estava cheio. Agora sim não me sentia mais sozinho. Era apenas eu e a máquina. O filho do piloto e o Silver Devil. Voamos durante uma hora. Não liguei o ar. Queria conhecer a sensação de cantar uma garota encharcado de suor e aos berros.
Não havia garota alguma, nem mulheres maduras, nem senhoras, gordas, magricelas, freiras, mulatas. Parei o carro no meio da rua fechando o trânsito e gritei bem alto que era o rei, o rei da minha cidade natal. Silver Devil gritou junto. E mais alto até. Resolvi dar uma passada na igreja perto de onde morei quando criança. Tinha resolvido morar lá. A porta da igreja estava fechada, mas não trancada. De tanto puxar consegui abrir. Entrei e fiquei examinando. Não podia morar ali com aquela mobília. Precisava de móveis novos. Fui até Silver Devil e peguei uma folha com a marca d’água da justiça federal. Comecei a fazer minhas anotações. Depois era só ir às compras.
Ouvi um barulho de galhos estalando. Fui ver o que era. Uma menina com olhos vermelhos de tanto chorar estava de pés juntos coçando o rosto. Apesar da tristeza era uma bela imagem a ser vista. Corri até ela, perguntei o que havia acontecido. Por que estava ali?

Leia também as 1ª e 3ª partes deste conto:

Há ninguém?

Há ninguém? 3

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Há ninguém?



Este conto não está completo aqui. Sua ideia surgiu assim que acordei. Precisava preparar provas e outras atividades mas uma idea fixa persistiu. Lembrando de minha infância um pensamento sempre esteve presente nela: como seria se só existisse eu no mundo?
Há ninguém?

Fui acordado por um súbito pesadelo. Havia tanta gente na minha casa que ela começava a inchar, as paredes racharam até estourar, os vidros se quebraram, a porta foi derrubada, meu carro empurrado descendo ladeira abaixo.
Acordei com o infantil desejo de não ver ninguém. Pus minha velha calça desfiada de jeans claro, calcei meus tênis, vesti uma camiseta preta e saí por aí. Esperando não ver ninguém.
Realmente me animei ao não ver ninguém nas ruas. Não havia ônibus, carros, nem pessoas. Lembrei que era feriado: 7 de setembro. Realmente, para quem é brasileiro não há muito que comemorar. Mas fiquei feliz. Por enquanto minha casa não seria explodida por gordura humana.
Não fiquei no ponto esperando um ônibus na esperança de que ele não viesse mesmo. Então fui andando até o ponto comercial mais próximo. No caminho não havia pessoa alguma. Parecia um milagre, a realização dos meus maiores desejos. Minha felicidade era plena. Sorria com o brilho do sol em meu rosto. Comecei a dançar enquanto andava, e a cantar também. Qualquer coisa sem sentido, criado na hora. Essa maluquice me causaria vergonha na frente de alguém, mas não há pecados, nem vergonha num mundo sem ninguém. Pelo menos por enquanto. Meu coração me dizia para aproveitar a vida enquanto o mundo é meu. Só meu.
Quando cheguei ao centro comercial, estava tudo vazio. Mas estranhamente todas as lojas estavam abertas. Pensei que isso era uma pegadinha. O bairro, a região, a cidade toda de sacanagem comigo, como naquele filme de Jim Carrey. Para testar meu senso de ética e cidadania.
Resolvi dar a resposta de cidadão atuante e compromissado para com a qualidade de respeito mútuo entre os concidadãos entrando numa lanchonete que não havia ninguém. Fui para trás do balcão, descasquei uma manga rosa, cortei-a em pedaços, pus no liquidificador, peguei uma maçã, cortei-a em pedaços, pus no liquidificador, peguei meia dúzia de morangos, pus no liquidificador. Bati tudo. Assim mesmo. Sem água. Bebi no liquidificador. Que delícia!
Fiz as contas, abri o caixa e paguei. Deixei o troco com eles.
Segui andando na mesma direção. Resolvi entrar numa galeria que tem moda voltada para o estilo “rock”. Peguei uma camisa tamanho GG: grande e gordo. Vesti, esqueci de pagar, deixei minha camiseta lá e fui para as ruas. Pela primeira vez ia poder sair sem me chamarem de roqueiro safado. No caminho, passei numa loja de playboy e peguei emprestado um boné vermelho de marca. O manequim na vitrine não falou nada. Sabe como é: quem cala, consente.
A quadra da escola de samba estava aberta. Entrei lá cantando trem das onze e gargalhando. Ninguém reclamou. As mulatas não me olharam, os irmãos não perguntaram que o branquelo “tava” fazendo ali. Batuquei em tudo, pendurei um biquíni de passista na vassoura, peguei um cavaquinho e fiquei tocando Black Sabbath.
Me enjoei daquilo e voltei para as ruas. Fui até a linha férrea e fiquei esperando uma composição passar. Nada. Esperei mais. A mesma coisa. Entrei então na banca de jornal e li todos os jornais do dia. Depois li algumas revistas de história, literatura. Depois passei para os quadrinhos. De aventura, humor, infantis, mangás.
A fome bateu e fui almoçar. Tenho de comer bastante antes de começar a fazer minha própria comida, pensei. Fui ao shopping center e fiz dois pratos: um com espaguete, almôndegas, lingüiça mineira, feijão tropeiro e outro com fatias de provolone, parmesão, presunto, batatas fritas, frango empanado e alguns salgados. Tomei chope escuro. Passei no restaurante ao lado e peguei um molho vermelho bem picante e pus no meu espaguete.
Me senti muito solitário sentado ali na praça de alimentação sozinho. Deixei os pratos lá, mas o chope não. Fui até o andar de baixo. Passei uma cantada naquelas manequins de lojas para obesas. Disse que o vestido caiu muito bem. Convidei-a para almoçar comigo. A fofucha topou. Carreguei-a nos braços porque sou um homem romântico.
Ela não quis comer. Disse que estava de dieta. Mas peguei um chope para ela e outro para mim. Falei que esse sobrepeso era seu diferencial. Disse para olhar nos meus pratos. Não há um naco de osso, apenas carne. E gordura. Gordura é felicidade. Ela riu e ficou envergonhada. Comi tudo. Ficamos de mãos dadas conversando sobre a poesia non sense de Lewis Carrol. Vi as horas no meu celular e disse a ela que precisava fumar. Não demoraria muito. Logo estaria de volta. Saí da praça de alimentação. Saí daquele andar. Saí do shopping center.
Fui ao mercado popular. Lá procurei logo as lojas de bebida e comecei a criar uns drinques. Batizei um por um e anotei a receita numa folha de papel. Me embebedei e dormi numa cadeira de salão de beleza.


Leia também as 2ª e 3ª partes deste conto:

Há ninguém? 2

Há ninguém? 3

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

La Hacienda de Dolores



Este é um projeto que desenvolvi com uma colega de trabalho, a Prof.ª Nilma. Folheando uma revista didática li que máquinas fotográficas podem ser usados como recurso para trabalhos extras. Como gosto de ousar em quaisquer campos da minha vida, perguntei por que não criar uma fotonovela disse para mim mesmo que os transformaria em grandes atores.
Simplesmente adorei a ideia deles de escolherem uma novela mexicana. Nilma criou grande parte do enredo, eu, do roteiro (que ainda está sendo terminado). É uma experiência nova para mim. Espero fazê-lo com muito esmero e carinho. Poucas são chances de criação em conjunto, logo, não devo desapontá-los.
Então aguardem, porque vem aí:

LA HACIENDA DE DOLORES

Elenco

Roberto Miguel Sanchez – Jorge (Médico cirurgião plástico)
Maria Guadalupe – Marcelle (Empregada dos Hernandez e catequista)
Consuelo Ortigosa – Rafaela (Administradora da empresa Hernandez)
Pancho Villa – Lucas (Fazendeiro rico)
Alejandro Hernandez – Juninho (Empresário no ramo de biscoitos)
Rafaelita – Mariana (Secretária da empresa Hernandez)
Vitor Valdes – Erick (Capataz de Pancho Villa)
Juan Martin – André (Amigo de Maria Guadalupe, apaixonado por Rafaelita)
Ramon – Kalleb (Vigarista, apaixonado por Consuelo)
Antonio Gutierrez (Vasco Villa) – Rodrigo (Ex-fazendeiro, pai de Pancho Villa)
Lobo mau – Kalleb (Personagem na estória errada)
Mãe de Maria Guadalupe – Juliana
Esposa de Ramon – Nilma ou Thaís
Esposa de Vitor Valdes – Thaís ou Roberta

Enredo

Prólogo

O pai de Pancho Villa, Vasco Villa, fazendeiro, roubou as terras da família de Maria Guadalupe, que foi deixada em um convento aos pés da imagem de Santa Maria de Guadalupe. Por essa razão foi assim batizada.

Início

Alejandro, Ramon e Roberto Miguel cresceram juntos. Roberto foi estudar medicina na Espanha.
Ao voltar para o México, Roberto Miguel se apaixona por Maria Guadalupe. A mesma e Consuelo se apaixonam por Roberto.
Alejandro se apaixona por Consuelo sem ser correspondido. Consuelo namora com Alejandro visando sua herança. Com isso Alejandro cria um sentimento de ódio e manda Ramon (e Vitor Valdes) dar(em) uma surra em Roberto Miguel, deixando-o cego temporariamente. Nisso, muito religioso, Roberto Miguel roga à Santa Guadalupe que o cure.
No momento em que reza, bate a sua porta a família de Consuelo, para lhe prestar solidariedade. Juntamente, entra Maria Guadalupe, que, ao ver o enfermo, imediatamente cobre seus olhos com um pano que ela diz ser relíquia da própria santa.
E num piscar de olhos, Roberto Miguel volta a enxergar, dizendo que era um milagre, pois a primeira imagem que vira fora o rosto de Maria Guadalupe. Todos correm. Maria Guadalupe chora, Consuelo desmaia. É o começo de um amor arrebatador.
Consuelo casa-se com Alejandro Hernandez tornando-se vice-presidente da empresa.
Juan Martin descobre que Pancho Villa roubara a fazenda do pai e o colocara num asilo, tornando-se dono de tudo. Num momento de confusão (ou bebedeira) diz isso em voz alta e Vitor Valdes o ouve. Temendo que Vitor Valdes conte a Pancho Villa, resolve se abrir com Maria Guadalupe. Vitor Valdes conta o que ouviu a Pancho Villa.
Pancho Villa apaixona-se por Rafaelita. Eles se casam. Porém Rafaelita tem outros planos: faz uma aliança do mal com Alejandro e Consuelo para eliminá-lo. Como Pancho Villa não tem herdeiros, Consuelo, que é prima dele em segundo grau, assumirá a fazenda.
Rafaelita tenta matar Pancho com veneno. Todos pensam que Pancho Villa morreu, mas Vitor Valdes consegue sumir com o corpo de seu patrão. Depois da suposta morte de Pancho, Consuelo assume o controle da fazenda. Consuelo, Alejandro e Rafaelita se mudam para a fazenda dos Villa.
Pancho volta da morte cheio de ódio para se vingar de Rafaelita.
Juan Martin ouve Vitor Valdes dizendo que fora Vasco Villa, o pai de Pancho, que roubou as terras de sua família e que Pancho não morreu. Então ele conta a Maria Guadalupe.
Enquanto pensa que Pancho está morto, Rafaelita se envolve com Alejandro. Maria Guadalupe conta a Roberto Miguel sobre o roubo da fazenda e pede sua ajuda. Pancho visita o pai no asilo e pede conselhos. O pai o repreende. Pancho agride o pai.
O capanga Vitor Valdes conta a Pancho sobre a traição de Rafaelita. Consuelo descobre o caso de Rafaelita e Alejandro mas não se importa. Procura então Roberto Miguel e oferece seu amor. Roberto a despreza com veemência.
Juan Martin invade sorrateiramente a fazenda dos Villa para espiar Rafaelita e descobre sobre a oferta de Consuelo. Conta a Maria Guadalupe que desaba em lágrimas.
Pancho aparece na fazenda dos Villa. Todos ficam aterrorizados. Pancho atira em Rafaelita. Juan Martin se joga na frente, é atingido e morre.
Consuelo atira em Pancho. Todos acham que Pancho morreu. Vitor Valdes leva o corpo de Pancho.
Consuelo decide seqüestrar Maria Guadalupe para que Roberto Miguel a esqueça. Ramon fica no cativeiro.
Pancho vai ao asilo insultar o pai.
Roberto rouba um cavalo da fazenda dos Villa e procura Maria Guadalupe. No meio do caminho pede ajuda. O lobo mau erra de estória, se desculpa e vai embora. Eis que surge o fantasma de Juan Martin (de Chapolim Carmesim), que lhe diz onde está Maria Guadalupe.
Roberto Miguel encontra Maria Guadalupe e a salva. Ramon foge junto com Consuelo. Ramon (conhece uma mulher rica que se apaixona por ele e) abre um restaurante. Consuelo vai para Miami com Alejandro e Rafaelita, formando um grupo de salsa.
Roberto Miguel e Maria Guadalupe vivem seu amor em uma cabana.
O pai de Pancho foge do asilo e descobre o esconderijo do filho. Eles brigam. Vasco Villa mata Pancho.
Como todos se esqueceram da fazenda, Vitor Valdes toma posse dela, tornando-se um produtor de tequila. Guarda um dos bonés do antigo patrão Pancho. Vive na fazenda com sua esposa.

Epílogo

A trama termina com as reflexões de Vasco Villa e sua relação conturbada com o filho Pancho. A última imagem mostra que Vasco roubou as terras da mãe de Maria Guadalupe por ela tê-lo rejeitado.