Gira em torno de uma nova mitologia, escura, melancólica, terrivelmente sensível. Gestada também no universo espectral e teatral de Guimaraens, Poe e Dickinson.
Estranha
morte em paz
Surge
uma estrela no céu, onde estamos, no cemitério
De
Nova Mag Mell, toda cheia de mistérios,
Sangra
o nosso peito, ouvimos sons funéreos:
A
filha de Helicon e um negro deus de Ériu.
Naufragam
as galés nesta vida tormentosa,
Cobrem-se
de marés nossas almas tristes;
Sabemos
que é vida escura, não mar de rosas:
O
sonho de dois não deixa a torre riste.
A
lua nos cobre de horror,
Ilumina
nossa cova aberta
–
reminiscências da Era Fomor –
Tua
mão desata da minha,
A
Morte, ao longe, nos flerta,
Caminhamos
sem mágica na varinha.
Rodrigo Martins
Pelos idos de
2003, caminhando pelo Arpoador.
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