O cheiro do corpo de uma mulher tem um quê de inebriante, um certo fascínio difuso, que aprisiona e vicia ao passo que encanta e faz bem. É o cheiro da vida, da felicidade de se estar vivo e saudável. É cheiro de mistério, magia e inocência. É cheiro de querer mais, buscar mais, sentir mais. É cheiro de morder, tocar e beijar. É cheiro de lamber e amar. É cheiro de enterrar o rosto na pele suada e sorver a profusão das fragrâncias emanadas, de mergulhar naquela fonte de maravilhas sensuais, atemporais.
La morenita de las calles
Yo sigo tu odor por la ciudad
Porque ya conosco tu piel
La textura, la suavidad
Y tu odor me lleva por las calles
Por callejones y puentes
Por las plazas de la ciudad
Es el odor de tu piel
Con lo que sueño
Caminando sin rumo
Entre tragos y humo
Por sobre este cielo
Que abriga tu ser
Es el odor de una flor
De moreno pétalo
Que sigue bailando
Igual que pajaros
Y van por el aire
De arbol en arbol
Quiero el odor de tu piel
Refrescante que eres
Para sanar mi cuerpo
Y mi miente de tus corrientes
Que son pétalos morenos
De morena flor en flor
27\08\13.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
terça-feira, 2 de julho de 2013
Entardecer
Comparar uma mulher às cores do crepúsculo não é tarefa das mais fáceis. Ainda mais quando essa mulher existe, é palpável, tem cheiro e cor. É o crepúsculo que se vai e leva o calor de um dia não sem antes dar um feixe de prazer.
Entardecer
Como pode ser bela,
Mais bela que a tarde
Se o sol que se vai
Não a leva consigo?
Como pode
Que os cabelos em cobre
Não escureçam
Com a fuga do dia?
E os lábios de flor
Que lindos palpitam
Borbulham, cintilam
Morna febre de ardor?
E os olhos pintados
De ferro, de terra,
Não erram sobretudo
Seu corpo desnudo?
É carne, é calor,
É cheiro, é mulher
Palavra, ideia
Pôr-do-sol e suor
Gira no giro de um dia
Que ela sabia
Prender-me-ia
Sua boca à mia
Como pode ser bela,
Mais bela que a tarde
Se o sol que se vai
Não a leva consigo?
Como pode
Que os cabelos em cobre
Não escureçam
Com a fuga do dia?
E os lábios de flor
Que lindos palpitam
Borbulham, cintilam
Morna febre de ardor?
E os olhos pintados
De ferro, de terra,
Não erram sobretudo
Seu corpo desnudo?
É carne, é calor,
É cheiro, é mulher
Palavra, ideia
Pôr-do-sol e suor
Gira no giro de um dia
Que ela sabia
Prender-me-ia
Sua boca à mia
28\06\2013.
terça-feira, 11 de junho de 2013
O sociopata
O
sociopata
Ralph
sentiu que a noite chegava com algo especial, como um presente surpresa há
muito já nem mais esperado. Ele olhou para o céu e sentiu o ar frio que
começava a soprar. Sorveu-o e fechou os olhos: precisava ir ao mercado 24h.
Ralph entrou
no seu velho Monza 2.0, à gasolina, ar de fábrica. Ligou o rádio, que tocava Monkey
business. Deu um largo sorriso lembrando de sua juventude e cantou o refrão.
Ralph
não sabia o que procurava no mercado. Sentiu-se atraído para a área esportiva. Apesar
de brasileiro, gostava do american way of life. Entre os esportes ianques, encontrou
um bastão de basebol. Todo listrado em azul, vermelho e branco. Ele manuseou-o
como um refinado examinador, de uma extremidade a outra. Sentiu a textura, o
desenho anatômico. Testou a usabilidade girando-o sobre o punho. Sorriu com o
barulho do ar soando perto de sua cabeça. Olhou-se no espelho e largou o
bastão junto do cesto de camisas de futebol americano.
Ralph pegou
um taco de hóquei. Este feito em metal com um plástico resistente nas pontas. Levou-o.
Ralph
dirigiu à noite toda. Sem rumo, sem expectativas, nem esperanças. Parecia apenas
o prazer de dirigir. Sozinho andando pela madrugada das avenidas, por vezes
punha a cabeça para fora, queria olhar as estrelas. Sentia que o vazio delas
completava o vazio de seu ser. Não sabia o que queria e nem mesmo queria querer
algo. Apenas dirigia seu carro.
Ralph
fez uma curva de 360º, ao sentir os primeiros sinais de sono, e seguiu em
direção à sua casa. Olhou o celular e viu diversas ligações de sua esposa. Ele sempre
colocava no modo silencioso ao dar seus passeios noturnos e solitários.
Ralph
viu a lua cheia. Subiu e desceu uma rua, virou à esquerda. Encontrou um homem
alto, magro, de mãos dadas a uma criança de macacão. Havia uma forma como
aquela soterrada em sua memória, num passado distante.
Ralph
reduziu e desligou o motor. Girou o volante para a esquerda.
-
Elizeu?
O
Homem olhou para trás.
Ralph
puxou o freio de mão e saiu do carro.
-
Elizeu!
-
Quem é você?
-
Lembra de mim não, filho da puta?
O
Homem ficou atônito. Colocou a criança para trás.
-
Então você sente medo, né, filho da puta?
-
O que você quer? – E o homem envergava-se, diminuindo.
-
Reparar uma injustiça há muito tempo cometida. Lembra de mim?
-
Não posso. Não consigo.
-
DO COLÉGIO MUNICIPAL, SEU MERDA!
-
Eu não lembro. Quem é você?
-
Corre, garoto. Ou vai sobrar para você também.
E
o homem aprontou-se a colocar o menino a ir.
-
Vai. Papai vai ficar bem.
-
Então você esqueceu daquela camisa suada, de um dia inteiro, não foi, Elizeu?
-
Já disse que não posso me lembrar.
-
Pois saiba que eu nunca me esqueci. Pensou que pudesse escapar dessa só porque
é favelado? Um favelado filho da puta e arrombado? Pensa que todo mundo tem
medo de você porque come merda e bebe chorume?
Ralph
deu o primeiro golpe com o taco de hóquei. O homem caiu. Tentava em vão
proteger o rosto, pois era só onde Ralph tentava acertar. Outros golpes vieram:
nas mãos, nos braços, até que o homem não mais tinha forças para se proteger. Assim
Ralph golpeou-o no rosto, liberando aos poucos a rusga do passado. Sentia todo
aquele peso de anos se esvaindo de seu coração e mente. Sentia-se aliviado, com
o taco de hóquei sujo de sangue refletindo a luz da lua.
Em
11/06/2013.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Kitsune
Kitsune
Doce raposa
dourada corre
Por entre
corredores sem grama seca
Raposa do olho
castanho e cobre
Quem a vê, que
sempre se perca
Radiante raposa
alegre
Saltita o macio
pelo
Deseja que seu
trote revele:
“Quem me vê, por si não tem mais zelo!”
“Quem me vê, por si não tem mais zelo!”
Sensual kitsune
de uniforme,
Meu desejo por
ti transborda,
Anseios de beber
todo o teu orbe
E de selar meu
eu na tua boca,
Como o odor das
flores transforma
Em deleite teu
cheiro em tua roupa
Em 1º/10/12.
quarta-feira, 27 de março de 2013
A Rabeca
Esse poema tem nitidamente inspiração na música Violin de Becho, de Alfredo Zitarrosa. Não se trata de homenagem ou cópia, numa alusão de compor algo menor, mas, antes, de buscar, viver a atmosfera de Zitarrosa para conceber uma obra gestada em seu mundo poético. Fato este que ocorre com o Solitário de Mariana em relação à magnitude de Verlaine.
O poema sugere um violinista que não pode tocar. A ansiedade é tanta que ele compara o violino ao êxtase do corpo de uma mulher (ou será o contrário?). Enfim, sem ambos, ele delira, pois é inidentificável sem esses elementos. Somente o sonho, o delírio pode manter a ausência em equilíbrio.
Um pouco de tudo isso não nos faria mal algum.
O poema sugere um violinista que não pode tocar. A ansiedade é tanta que ele compara o violino ao êxtase do corpo de uma mulher (ou será o contrário?). Enfim, sem ambos, ele delira, pois é inidentificável sem esses elementos. Somente o sonho, o delírio pode manter a ausência em equilíbrio.
Um pouco de tudo isso não nos faria mal algum.
Quando as folhas
d’outono caem
Da rústica
morada saem
O pequeno
tocador e sua
Tristíssima
figura à lua
Não leva nas
mãos a rabeca
Leva nos sonhos
a voz dela
Presente inda os
trinados
De suas cordas
por ele tocados
O leve corpo
sinuoso
Da alva mariposa
de madeira
– Rico acorde
luminoso –
Entorpece sua
alma ordeira
E em sonhos o
tocador se perde
Delírios sem
pudores que despe
Corda a corda da
rabeca
Trinados
diminutos dela
Acordes,
harmonias, peças
Rapsódia das
mais belas
Como amantes
apaixonados
Tocador e rabeca
iluminados
E no mais belo
sonho de luar
O tocador de
joelhos ao chão
Nu quer tocar,
quer gritar
Pois não tem a
rabeca à mão
Em 24/09/2012.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Entrevista com Thiago
O Mundo da Penumbra hoje está em festa: conseguimos uma entrevista com o escritor Thiago, que lançará seu livro de estreia nesse sábado (23\03\2013). É um prazer recebê-lo aqui, logo ele que já publicou trabalhos neste confortável Mundo da Penumbra. Sem mais palavras, vamos à entrevista conhecer uma pouco mais desse novo talento:
MP – Você direcionou o enredo e as ideologias contidas em Laços da Amizade para algum público?
T –Sim, mas para o público infanto-juvenil, embora os seguintes tentarei escrever algo mais maduro, se é que posso dizer assim, algo mais sombrio.
MP – Laços da Amizade tem um clima gostoso que mistura o suspense floreado pelo humor, o que prende o leitor cena à cena. Como você que Laços da Amizade pode acrescentar algo na vida dos leitores?
T – Na identificação dos personagens, principalmente em Oliver, Alice e Blaze, acho que mesmo criança, quase todas as pessoas já passaram por alguma tristeza com um amigo, seja por um machucado, uma doença ou mesmo a distância. Os leitores podem ver que os quatro são muito ligados, e se pudessem, trocariam de lugar com o amigo.
MP – Falando um pouco mais de você, quais suas influências?
T – Meus autores preferidos são J.K Rowlling e Neil Gaiman e eles são as minhas maiores influências. Até hoje não consegui escolher um terceiro autor. Gosto muito do (Stephen) King e da Anne Rice, como também de Álvares de Azevedo, mas sempre tento buscar algo na JK e no Neil, tanto que até hoje também não consigo definir qual dos dois está em primeiro ou em segundo lugar na minha lista de autores preferidos. Outro também que me influenciou até mesmo antes dos dois foi o Roberto Gomes Bolanos, o Chaves. Desde pequeno sempre amei os trabalhos dele, então acho até que tenho mais uma essência do Chaves em mim do que eles dois, mas como eu acabo sempre pensando em escritores de livros primeiro ou em fantasia, já que ele é escritor de séries de comédia, acabo esquecendo de mencionar um dos caras que, se eu parar para pensar, talvez seja o herói da minha infância, seja com Chaves ou Chapolin. Acho que ele também entraria no páreo para decidir quem fica em primeiro com a JK e o Neil (risos).
MP – Que mensagens deixa para seus leitores?
T – Que acreditem em seus sonhos.
MP – Muito obrigado.
Entrevista com Thiago, autor de Laços da amizade
(República da Arte
r. Maj. Almeida Costa, 39 - Campo Grande (próx. à estação) - Rio de Janeiro)
(República da Arte
r. Maj. Almeida Costa, 39 - Campo Grande (próx. à estação) - Rio de Janeiro)
Mundo da Penumbra – Em primeiro lugar parabenizo você pelo
lançamento de Laços da amizade, seu
primeiro livro.
Thiago – Obrigado.
MP – O quão difícil foi dar esse primeiro passo, sabendo das dificuldades do mercado, que hoje é bastante segmentado e da quantidade do público leitor no país?
T – Pensei em parar diversas vezes, achando que nunca ia conseguir publicar nada aqui no Brasil, já que o meu estilo é fantasia e, apesar de haver muitos leitores de fantasia, achava que seria impossível publicar algo do gênero.
MP – Sabemos que você já possui trabalhos finalizados, por que a escolha de Laços da amizade como sua estreia?
T – Acho que pela história em si. E também por ser o único livro realmente terminado, os outros são contos e peças teatrais (risos). Mas acho também que foi pela inspiração que obtive quando escrevi. Foi o segundo livro que escrevi. O primeiro não tenho vontade de publicar, pelo menos não agora, eu teria que reescrevê-lo totalmente. E também escolhi Laços da amizade por ser um livro que acredito que tenha melhorado no processo da escrita. Eu, antes, escrevia alguns contos, mas acho que não sabia fazer muito bem, e ao decorrer deste livro acho que melhorei bastante, levando em consideração o fato que o escrevi entre acho que metade do ano de 2009 até o seu final e depois, nos anos seguintes antes da publicação, acabei acertando pontos que achei que tinha que melhorar e até modificando as ações e personalidade dos personagens. O livro também teve um pouco de inspiração em Harry Potter, Senhor dos anéis e Stardust.
MP - Você acha que nele podemos ver o Thiago – ou pelo menos seu estilo – que já vislumbrou em alguns blogs e sites?
T – Acho que sim, acredito que nos trabalhos mais recentes dá para se notar melhor isso, pois se passaram uns dois anos que escrevi o livro, mas na revisão tentei aproximar mais do que estou escrevendo hoje em dia.
MP – Pode nos contar sobre o processo de criação que o inspirou a compor o universo de Laços da amizade?
T – Bem, eu estava em um curso de acd (auxiliar de cirurgião dentista), no processo de nivelamento dos alunos, não lembro bem qual era a matéria. Eu estava na fase de querer ser escritor, só que não sabia como fazer totalmente. Anotava tudo o que se passava pela minha cabeça e tentava pensar como um escritor. Na época, eu estava começando a ficar super fã do Neil Gaiman, e tentava ler tudo o que conseguia dele. Acho que estava lendo ou havia acabado de ler o último livro do Harry Potter, o qual sou super fã também (risos), e estava escrevendo esse primeiro livro sem saber como fazer e apenas com o pensamento de que para virar escritor, eu tinha que terminar um livro. Estava com isso fixo na minha cabeça.
Thiago – Obrigado.
MP – O quão difícil foi dar esse primeiro passo, sabendo das dificuldades do mercado, que hoje é bastante segmentado e da quantidade do público leitor no país?
T – Pensei em parar diversas vezes, achando que nunca ia conseguir publicar nada aqui no Brasil, já que o meu estilo é fantasia e, apesar de haver muitos leitores de fantasia, achava que seria impossível publicar algo do gênero.
MP – Sabemos que você já possui trabalhos finalizados, por que a escolha de Laços da amizade como sua estreia?
T – Acho que pela história em si. E também por ser o único livro realmente terminado, os outros são contos e peças teatrais (risos). Mas acho também que foi pela inspiração que obtive quando escrevi. Foi o segundo livro que escrevi. O primeiro não tenho vontade de publicar, pelo menos não agora, eu teria que reescrevê-lo totalmente. E também escolhi Laços da amizade por ser um livro que acredito que tenha melhorado no processo da escrita. Eu, antes, escrevia alguns contos, mas acho que não sabia fazer muito bem, e ao decorrer deste livro acho que melhorei bastante, levando em consideração o fato que o escrevi entre acho que metade do ano de 2009 até o seu final e depois, nos anos seguintes antes da publicação, acabei acertando pontos que achei que tinha que melhorar e até modificando as ações e personalidade dos personagens. O livro também teve um pouco de inspiração em Harry Potter, Senhor dos anéis e Stardust.
MP - Você acha que nele podemos ver o Thiago – ou pelo menos seu estilo – que já vislumbrou em alguns blogs e sites?
T – Acho que sim, acredito que nos trabalhos mais recentes dá para se notar melhor isso, pois se passaram uns dois anos que escrevi o livro, mas na revisão tentei aproximar mais do que estou escrevendo hoje em dia.
MP – Pode nos contar sobre o processo de criação que o inspirou a compor o universo de Laços da amizade?
T – Bem, eu estava em um curso de acd (auxiliar de cirurgião dentista), no processo de nivelamento dos alunos, não lembro bem qual era a matéria. Eu estava na fase de querer ser escritor, só que não sabia como fazer totalmente. Anotava tudo o que se passava pela minha cabeça e tentava pensar como um escritor. Na época, eu estava começando a ficar super fã do Neil Gaiman, e tentava ler tudo o que conseguia dele. Acho que estava lendo ou havia acabado de ler o último livro do Harry Potter, o qual sou super fã também (risos), e estava escrevendo esse primeiro livro sem saber como fazer e apenas com o pensamento de que para virar escritor, eu tinha que terminar um livro. Estava com isso fixo na minha cabeça.
No dia eu vi uma garota com, se não me engano, o 6º
livro do Harry (Potter), e comecei a pensar nos personagens. Imaginei como se
eu homenageasse os personagens, e criei o Oliver, que tem muito do Harry mas,
que na maioria das vezes sou eu de cabelo liso e um pouco corajoso (risos).
Depois criei a Alice que seria a Hermione. Depois criei o Blaze, que era uma
mistura de Rony e Draco, e em seguida criei os outros personagens.
Continuei pensando, não lembro se foi naquele mesmo dia. Acho que tenho
anotado em diários – um deles, o do computador – o perdi. Então não sei bem ao
certo, sei que acabei desenvolvendo a história. Depois ela passou muitas e
muitas vezes pela minha cabeça, tive sonhos com ela, coisas que entrarão nos
próximos livros da série.
Nos dias seguintes da ideia, me empolguei e continuei escrevendo, só que
precisava terminar de escrever o meu primeiro livro. Se não eu nunca ia
terminar nada, e ao mesmo tempo sempre que eu tinha tempo, eu ia e anotava
alguma ideia. Quando resolvi finalmente começar a escrever eu tinha, acho, 70%
da estória esboçada. Só precisava ligar uma parte com a outra, lapidar e
escrever o início. Acho que de todos os personagens, Alice foi a que eu mais
trabalhei e mudei as ações, já que o Oliver seria eu e os outros personagens
seriam criações minhas com algumas exceções inspirações de personagens que
sempre gostei.
MP – Você direcionou o enredo e as ideologias contidas em Laços da Amizade para algum público?
T –Sim, mas para o público infanto-juvenil, embora os seguintes tentarei escrever algo mais maduro, se é que posso dizer assim, algo mais sombrio.
MP – Laços da Amizade tem um clima gostoso que mistura o suspense floreado pelo humor, o que prende o leitor cena à cena. Como você que Laços da Amizade pode acrescentar algo na vida dos leitores?
T – Na identificação dos personagens, principalmente em Oliver, Alice e Blaze, acho que mesmo criança, quase todas as pessoas já passaram por alguma tristeza com um amigo, seja por um machucado, uma doença ou mesmo a distância. Os leitores podem ver que os quatro são muito ligados, e se pudessem, trocariam de lugar com o amigo.
MP – Falando um pouco mais de você, quais suas influências?
T – Meus autores preferidos são J.K Rowlling e Neil Gaiman e eles são as minhas maiores influências. Até hoje não consegui escolher um terceiro autor. Gosto muito do (Stephen) King e da Anne Rice, como também de Álvares de Azevedo, mas sempre tento buscar algo na JK e no Neil, tanto que até hoje também não consigo definir qual dos dois está em primeiro ou em segundo lugar na minha lista de autores preferidos. Outro também que me influenciou até mesmo antes dos dois foi o Roberto Gomes Bolanos, o Chaves. Desde pequeno sempre amei os trabalhos dele, então acho até que tenho mais uma essência do Chaves em mim do que eles dois, mas como eu acabo sempre pensando em escritores de livros primeiro ou em fantasia, já que ele é escritor de séries de comédia, acabo esquecendo de mencionar um dos caras que, se eu parar para pensar, talvez seja o herói da minha infância, seja com Chaves ou Chapolin. Acho que ele também entraria no páreo para decidir quem fica em primeiro com a JK e o Neil (risos).
MP – Que mensagens deixa para seus leitores?
T – Que acreditem em seus sonhos.
MP – Muito obrigado.
Confira outros contos do autor de Laços da amizade aqui no Mundo da Penumbra:
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Saudades
Essa é uma letra de música composta há muito tempo. A primeira versão fiz em 2003 aproximadamente, mas com idas e vindas de HDs, acabei perdendo e o que restou na memória re-compus nesta forma. A ideia original falava da dor de existir e da presença que uma ausência demarca. Por isso, os Açores.
Saudades
Ah, saudade das asas dos pássaros
Da Ilha dos Açores
O forte vento que os leva embala-se
Em místicos amores
Porque são calores
Mesmo que dores:
Cobrem-se de flores
O barco que aporta no cais
Trás do mar as lágrimas
E as rosas que esfacelam-se sob o sol
São amálgamas
De almas
De palmas
(Dançam) valsas
O sol bateu em meu rosto quando te vi
Sua luz invadiu e floresceu no que havia ali
Se eu soubesse que era amor talvez pudesse explicar
Que eu fui feito, oh meu amor, aqui nesse mundo, só para te
amar
Se eu soubesse que era amor talvez pudesse explicar
Que eu fui feito, oh meu amor, naquele minuto, só para te
amar
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