sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Te estranho

Mais um poema falando do sentimento que é ser tricolor. E me repito ao afirmar que sê-lo não é coisa fácil. Ainda mais na difícil hora da crítica. Na escura hora de reconhecer os erros do passado vergonhoso, embora tenha sido o presente o real motivo do nascimento deste poema. Assim como em "Homenagem ao título de 2010", que compus em cima do poema "Mãos dadas", de Drummond, "Te estranho" compus sobre a letra da música homônima, um dos boleros antigos cantado por Luis Miguel.

Te estranho

Te estranho
Como se estranham as noites sem torcida
Como se estranham as sonolentas manhãs de trabalho
Não estar contigo, por Deus, me causa dano

Te estranho
Quando assisto, quando choro, quando rio
Quando o sol brilha (e queima), quando faz muito frio
Porque te sinto como algo muito meu

Te estranho
Quando elitiza os ingressos
Nessas noites de quarta-feira que não concilio o sono
Tu não imaginas, amor, como te estranho

Te estranho em cada passo que dou solitário em direção ao estádio
Cada momento que estou vivendo longe de ti
Estou morrendo, amor, porque te estranho

Te estranho
Quando pintas nossos atletas de pó
Com tuas virtudes, com todos teus horrores
Pelo que queres não ser, por isso te estranho
Te estranho,
Meu querido
Fluminense.

Um comentário:

  1. Ser tricolor não tem preço e não mágica.
    Tem inteligência!!!
    Aliás, como dizia o velho mestre tricolor Nelson Rodrigues, "O Fluminense é o único tricolor do mundo, os outros, são times de três cores".
    Evidentemente já estou seguindo o blog.
    Saudações tricolores.

    William
    www.tocadowilliam.com

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